Em uma atividade conjunta do CACEP com o CAUTEC, iremos realizar um evento de observação pública do eclipse total da Lua que irá acontecer no dia 27/09/2015.
A observação será realizada no Colégio Estadual do Paraná às 20h.
O ponto de encontro será no Planetário do CEP, o endereço é:
Planetário do Colégio Estadual do Paraná
Av. João Gualberto 250 – Glória
CEP: 80030-000 – Curitiba – PR
Fone: (41) 3234-5612
Participem do evento e apreciem este belo espetáculo que irá acontecer no céu.
Dados do Eclipse Total da Lua visto a partir de Curitiba
Em Curitiba, considerando o horário UTC -3 (horário brasileiro), o eclipse da Lua terá inicio às 21:12 quando a Lua estiver a uma altitude de 40º no céu. O eclipse total da Lua irá ocorrer às 23:47 quando a Lua estiver a uma altitude de 62º, sendo que o final do eclipse lunar será às 02:22 da madrugada quando a Lua estiver a 48º de altura.
Fonte: https://www.vercalendario.info/pt/lua/brasil-27-setembro-2015.html
Neste eclipse total a Lua irá estar no perigeu, isto é, a Lua estará em sua maior aproximação com a Terra, situação o qual popularmente é conhecida como “superlua”, apesar que dificilmente as pessoas possam notar diferença de tamanho da Lua, pois a diferença é mínima, além do que também não se tem uma referência para comparar a diferença de tamanho.
Devido ao horário que irá ocorrer, o eclipse será visível de todo o Brasil; isso se as nuvens derem uma trégua e deixarem a gente ver o eclipse, principalmente aqui em Curitiba, que o céu nem sempre ajuda.
Eclipse visto de Curitiba
Infelizmente em Curitiba só vimos muitas nuvens e chuva durante o eclipse da Lua, restou apreciar um pouco da Lua somente no final do eclipse, momento em que a chuva e as nuvens deram uma trégua temporária.
Este registro foi feito à 01:32 da madrugada de 28/09/2015, já nos momentos finais do eclipse.
Foi uma pena não podermos ter acompanhado todo o eclipse, mas a vida de astrônomo amador em Curitiba não é fácil.
Verdades e Mentiras na divulgação do Eclipse Total de “Superlua”
Devido a divulgações na internet e em demais veículos noticiosos com algumas informações incompletas a respeito do “eclipse total de superlua”, nosso amigo Alexandre Amorim, que faz parte da Coordenação de Observações do NEOA-JBS, preparou um documento com dados científicos para esclarecer estas lacunas criadas pela falta de informação dos veículos que divulgam estas notícias.
O texto completo do Alexandre Amorim poderá ser lido clicando aqui.
Fonte original do arquivo: https://geocities.ws/costeira1/07-2015.pdf
Informações sobre o Eclipse Lunar
O eclipse lunar é um fenômeno astronômico que ocorre quando a Lua é ocultada totalmente ou parcialmente pela sombra da Terra, em geral, sendo visível a olho nu. Isto ocorre sempre que o Sol, a Terra e a Lua se encontram próximos ou em perfeito alinhamento, estando a Terra no meio destes outros dois corpos celestes.
O eclipse lunar ocorre sempre durante a fase da Lua cheia pois ela precisa estar atrás da Terra, do ponto de vista de um observador no Sol. Como o plano da órbita da Lua está inclinado 5° em relação ao plano da órbita que a Terra realiza ao redor do Sol, nem todas as fases de Lua cheia levam a ocorrência do eclipse.
O eclipse ocorre sempre que a fase de Lua cheia coincide com a passagem da Lua pelo plano da órbita da Terra. Este ponto onde a órbita da Lua se encontra com o plano da órbita da Terra chama-se nodo orbital.
Ao contrário dos eclipses solares que são visíveis apenas em pequenas áreas da Terra, os eclipses lunares podem ser vistos em qualquer lugar da Terra em que seja noite no momento do eclipse.
A Lua não desaparece completamente na sombra da Terra, mesmo durante um eclipse total, podendo então, assumir uma coloração avermelhada ou alaranjada. Isto é consequência da refração e da dispersão da luz do Sol na atmosfera da Terra que desvia apenas certos comprimentos de onda para dentro da região da umbra.
Este fenômeno também é responsável pela coloração avermelhada que o céu assume durante o poente e o nascente. De fato se nós observássemos o eclipse a partir da Lua, nós veríamos o Sol se pondo atrás da Terra.
Superlua – A Lua no Perigeu
O termo, popularmente conhecido de “superlua” ou “superlua cheia”, pode ser encontrado na astrologia, mas não é um termo de astronomia.
Este termo surgiu pela primeira vez com uma citação do astrólogo Richard Nolle em 1979, que definiu a Lua em perigeu como “uma lua nova ou cheia que ocorre com a lua em, ou perto de (dentro de 90%) sua maior aproximação à Terra em uma determinada órbita.
Para os astrônomos, esta maior aproximação da Lua em relação a Terra no percurso da sua órbita chama-se perigeu.
Quando temos a ocasião da Lua cheia estar no perigeu, realmente a Lua estará ligeiramente maior e um pouco mais brilhante que a Lua cheia normal, mas não seria suficiente para podermos notar, devido a falta de referência.
Teriamos que colocar uma Lua lado a lado para podermos notar esta diferença, só a nossa lembrança antiga de uma Lua cheia não basta para esta comparação.
Comparação entre uma lua normal (esquerda) e uma superlua (direita).
Fontes: https://www.zenite.nu/a-superlua/ e https://pt.wikipedia.org/wiki/Superlua
Escala de Danjon
O astrônomo André-Louis Danjon criou uma escala que veio a receber seu nome para classificar o obscurecimento durante um eclipse lunar. Esta escala vai de 0 a 4:
- L=0: Eclipse muito escuro, a Lua se torna quase invisível durante a totalidade.
- L=1: Eclipse escuro de cor acinzentada ou próximo do marrom.
- L=2: Eclipse com cor vermelha. A sombra central é muito escura mas as bordas são mais claras.
- L=3: Eclipse cor de tijolo. A borda da sombra é brilhante ou amarela.
- L=4: Eclipse muito brilhante com cor alaranjada. A borda da sombra é brilhante ou azul.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Eclipse_lunar