1. Introdução
As câmeras digitais atuais são capazes de capturar imagens espetaculares do céu sem a necessidade de longas exposições, devido às suas características de baixo ruído. Apenas aponte uma câmera com controles manuais para o céu, use a menor distância focal possível da lente, ajuste o ISO para 1600 e a exposição para 30 segundos e… como um passe de mágica, a Via Láctea e uma infinidade de estrelas são reveladas.
Contudo, as dificuldades aumentam quando se deseja utilizar uma lente com distância focal maior ou mesmo um ajuste de ISO mais baixo para reduzir o nível de ruído na foto. As exposições nesses casos devem ser maiores, fazendo com que as estrelas pareçam como traços ao invés de pontos, devido à aparente rotação do céu. As estrelas próximas do equador celeste se deslocam 15 minutos de arco para cada minuto de tempo, ou seja, 1 grau a cada 4 minutos. Esses deslocamentos são grandes quando se utiliza uma lente de 50mm, por exemplo. Ou seja, excetuando-se os casos em que o fotógrafo deseja um efeito especial, as fotografias nessas condições não trarão bons resultados.